Ah, a primeira palavra de um filho! Quem nunca se emocionou com esse momento mágico, que parece inaugurar uma nova fase na vida da família? É um marco tão esperado, mas também nos enche de dúvidas e curiosidades, não é mesmo?

Afinal, cada pequeno tem seu próprio tempo e jeitinho de explorar o mundo dos sons e das palavras, e como pais e cuidadores, queremos sempre oferecer o melhor estímulo.
Eu mesma, em minha jornada, já percebi o quanto a interação e o ambiente fazem a diferença. Hoje, com tanta informação e novas pesquisas, entendemos que o desenvolvimento da fala é um processo contínuo e fascinante, que começa muito antes do “mamã” ou “papá”.
Se você também se pega pensando sobre esse tema tão crucial e quer saber como apoiar seu pequeno nessa aventura comunicativa, prepare-se, pois vamos desvendar esse universo juntos e te mostrar como tornar essa etapa ainda mais rica e divertida!
Os Primeiros Sussurros e Balbucios: Uma Orquestra de Sons
Ah, lembro-me tão bem dos primeiros sons que meu filho fazia. Não eram palavras, claro, mas já eram uma sinfonia particular que só a gente, pai e mãe, parecia entender.
É fascinante observar como esses pequenos seres começam a desbravar o mundo sonoro muito antes de dizer “mamã” ou “papá”. Eles começam com grunhidos, suspiros, depois vêm os arrulhos, os “aguus”, e de repente, você se pega em um “consolo” de balbucios, onde “ba-ba-ba”, “ma-ma-ma” e “da-da-da” se tornam as estrelas do espetáculo.
Eu, na minha vivência, percebi que cada som era uma descoberta, uma pequena vitória na jornada da comunicação. Esses balbucios, que para nós parecem apenas uma repetição aleatória, são na verdade os tijolos fundamentais da fala.
É como se eles estivessem treinando a musculatura da boca e da língua, experimentando diferentes tons e ritmos, preparando-se para a grande estreia das palavras.
É um período de pura exploração vocal, e a gente, como ouvinte privilegiado, precisa estar ali, incentivando cada “conversinha” sem sentido aparente. É nesse estágio que a base para a futura linguagem é solidificada.
A Melodia Pré-Verbal: Por que os bebês fazem tantos barulhos?
Sabe, muitas vezes a gente subestima a inteligência dos bebês nesses primeiros meses. Achamos que eles estão apenas fazendo barulhos, mas na verdade, há um propósito por trás de cada som.
Os bebês produzem uma variedade incrível de sons pré-verbais porque estão testando as suas cordas vocais, a respiração e os movimentos da língua e dos lábios.
É um verdadeiro laboratório de sons! Eles imitam os padrões de entonação que ouvem, mesmo sem entender o significado das palavras. Se você prestar atenção, vai notar que, ao se aproximarem dos seis meses, os balbucios começam a se assemelhar mais aos sons da língua que os cerca.
Se você fala português, os sons que seu bebê produz vão, aos poucos, ganhando uma “melodia” mais portuguesa. É uma fase de aprendizado auditivo e motor intenso, onde cada “aaaah” e “ooooh” é um passo em direção à fala articulada.
Decifrando os Sons do Nosso Pequeno Maestro
É um desafio e tanto, não é? Tentar entender o que nosso bebê está querendo comunicar antes mesmo das palavras surgirem. Eu me lembro de passar horas tentando decifrar os choros diferentes, os resmungos e, claro, os balbucios.
O segredo que descobri é a observação atenta e a interação. Quando seu bebê faz um som, responda! Imite o som dele, faça um som diferente, cante uma musiquinha.
Essa interação é crucial. Ela ensina ao bebê que seus sons têm um impacto, que geram uma resposta, e isso é a base da comunicação. É um jogo de pingue-pongue vocal, onde cada um joga a bola sonora para o outro.
E não se preocupe se você não entender tudo de imediato. O importante é criar um ambiente rico em estímulos sonoros e afetivos, onde o pequeno se sinta seguro para explorar a sua voz e o mundo ao seu redor.
O Salto para as Primeiras Palavras: “Mamã” e o Mundo que se Abre
Ah, a emoção de ouvir a primeira palavra! É um momento que fica gravado na memória, não é mesmo? Aquele “mamã” ou “papá” desajeitado que, de repente, surge com um significado.
Meu coração quase saltou do peito quando ouvi. É como se, de repente, uma porta se abrisse e nosso pequeno começasse a se conectar de uma forma mais concreta com o mundo ao seu redor.
Mas não é um processo linear, e é importante ter paciência e entender que cada criança tem seu próprio ritmo. Alguns bebês podem começar com uma palavra aos 9 meses, outros com 1 ano e 3 meses, e tudo bem!
A gente, como pais, tende a comparar, mas aprendi que a individualidade é a chave. O importante é estar atento aos sinais de que essa explosão de vocabulário está prestes a acontecer e oferecer o suporte necessário para que ela floresça da forma mais natural possível.
É um período de descobertas incríveis para a criança e de muita alegria para a família.
O Momento Mágico: Quando esperar as primeiras palavras?
Geralmente, as primeiras palavras com significado aparecem entre os 10 e os 18 meses de idade. Mas, como eu disse, isso é apenas uma média. O que é mais importante do que a idade exata é a consistência e a intenção por trás da palavra.
Não basta o bebê soltar um “mamã” ao acaso; ele precisa usar essa palavra de forma intencional para se referir à mãe. É nessa fase que as crianças começam a associar objetos, pessoas e ações a sons específicos, e isso é um salto cognitivo e comunicativo imenso!
A expectativa é grande, eu sei, mas a celebração de cada nova palavra, por mais simples que seja, é o que realmente importa. É um indício claro de que o desenvolvimento da linguagem está no caminho certo e que nosso pequeno está ansioso para interagir e se expressar.
Pequenos Exploradores: Como estimular esse vocabulário inicial?
Estimular o vocabulário inicial é mais fácil e divertido do que parece! Sabe aquela mania que a gente tem de “falar bebê” com eles? Pois é, tente resistir a isso.
Fale com seu filho de forma clara, usando palavras simples e frases curtas, mas corretas. Nomeie tudo! “Olha, a bola!”, “Vamos pegar o sapato?”, “Que gostoso o papá!”.
Leia livros para eles, mesmo que pareçam não entender. Aponte para as figuras e diga os nomes. Cante músicas.
Jogue jogos de imitação de sons. E o mais importante: converse! Conte sobre o seu dia, pergunte o que eles querem, mesmo que a resposta seja um balbuciar.
Meu truque era narrar tudo o que eu estava fazendo, como um locutor de rádio. “Agora a mamãe está lavando a louça, o prato está sujo, agora ele está limpo!”.
Essa imersão na linguagem é um presente que você dá ao seu filho e que vai impulsionar a aquisição de novas palavras.
Construindo Frases: O Fascinante Quebra-Cabeça da Linguagem
Depois da euforia das primeiras palavras, a gente começa a notar que os pequenos gênios estão tentando conectar as coisas. É uma fase deliciosa de “mamãe qué água” ou “eu qué papá”.
Lembra quando eu falava da orquestra de sons? Agora, os instrumentos estão se juntando para formar pequenas melodias. É como se, de repente, eles entendessem que podem combinar as palavras que aprenderam para expressar ideias mais complexas.
Para mim, essa transição de palavras isoladas para pequenas frases foi um dos sinais mais claros de que meu filho estava realmente compreendendo o poder da comunicação.
É um quebra-cabeça fascinante, onde cada peça nova (cada palavra!) encontra seu lugar para formar um cenário mais completo. E nós, pais, temos o papel fundamental de ser os maiores incentivadores e modelos nesse processo de construção linguística.
De Palavras Soltas a Pequenos Discursos
A passagem de uma ou duas palavras para frases de duas ou três palavras geralmente acontece entre 18 meses e 2 anos. É aí que a mágica da gramática começa a se manifestar, mesmo que de forma rudimentar.
Eles começam a entender a relação entre o sujeito e o verbo, ou entre o objeto e a ação. O “quero água” vira “mamãe, quero água”. Aumentar a complexidade das frases que você usa ao conversar com eles também ajuda.
Por exemplo, em vez de apenas “bola”, você pode dizer “a bola é vermelha” ou “Vamos jogar a bola?”. Isso expõe a criança a estruturas de frases mais elaboradas, sem que ela se sinta pressionada a reproduzi-las imediatamente.
É um processo de absorção e imitação que acontece de forma muito natural e, na minha experiência, quanto mais a gente fala, mais eles aprendem e se arriscam.
A Importância da Conversa Diária
Não subestime o poder da conversa diária, por mais trivial que possa parecer. Falar sobre o que estão comendo, o que estão vendo pela janela, os brinquedos que estão usando, tudo isso contribui imensamente.
Eu costumava perguntar ao meu filho sobre o dia dele, mesmo sabendo que as respostas seriam limitadas. “O que você fez na escolinha hoje, meu amor?”. Mesmo que ele só balbuciasse, eu repetia e expandia o que ele dizia.
“Ah, você brincou com os amiguinhos, que legal!”. Essa interação constante cria um ambiente rico em linguagem, onde a criança se sente à vontade para experimentar e cometer erros.
É na troca, no diálogo, que a linguagem se fortalece e ganha fluidez. Lembre-se, somos os primeiros e mais importantes professores de fala dos nossos filhos!
Desafios e Pequenos Obstáculos no Caminho da Fala
Mesmo com toda a empolgação, a jornada da fala pode ter seus percalços. Lembro-me de um período em que meu filho parecia “travar” e não adicionava novas palavras ao vocabulário, ou de outros pais que se preocupavam porque o filho ainda não falava como os coleguinhas.
É super normal ter essas preocupações, e é importante reconhecer que cada criança é única e tem seu próprio ritmo. Mas também é crucial estar atento a alguns sinais que podem indicar a necessidade de uma ajudinha extra.
A gente não quer alarmar ninguém, mas ter informação sobre o que observar pode fazer toda a diferença. O desenvolvimento da fala é complexo e, às vezes, um pequeno empurrão profissional pode destravar um mundo de possibilidades para o pequeno.
O importante é agir com amor e informação, buscando sempre o melhor para eles.
Sinais de Alerta: Quando procurar ajuda profissional?
Se você notar que seu filho não balbucia aos 12 meses, não aponta para objetos ou não tenta se comunicar de alguma forma aos 18 meses, ou não forma frases de duas palavras aos 2 anos, pode ser interessante conversar com o pediatra.
Outros sinais incluem a perda de habilidades de fala que já foram adquiridas, dificuldade em entender o que o filho diz aos 2 ou 3 anos, ou se a criança não responde ao nome dela.
Eu mesma, em um momento de dúvida, consultei o pediatra e ele me tranquilizou e me deu algumas dicas preciosas. Muitas vezes, é apenas uma questão de tempo e de estímulo, mas é sempre bom tirar a dúvida com um especialista.
A intervenção precoce, se necessária, pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento da criança.

Mitos e Verdades sobre o Atraso na Fala
Existem muitos mitos por aí! Um deles é que “menino demora mais para falar que menina”. Embora algumas pesquisas mostrem pequenas diferenças, isso não deve ser uma desculpa para não investigar um possível atraso.
Outro mito é que “se ele não fala agora, vai falar de repente”. Sim, o “salto” pode acontecer, mas é importante descartar outras questões. A verdade é que o uso excessivo de telas (celulares, tablets) pode sim impactar negativamente o desenvolvimento da fala, pois diminui a interação verbal.
Outra verdade é que a audição precisa estar perfeita para a criança aprender a falar. Se há alguma suspeita de problema auditivo, é fundamental investigar.
A informação de qualidade nos ajuda a tomar as melhores decisões e a não cair em crendices populares que podem atrasar a ajuda necessária.
| Idade (Aproximada) | Marcos da Fala e Linguagem | Como Estimular |
|---|---|---|
| 0-6 Meses | Chora para comunicar necessidades, sorri para pessoas, faz sons de arrulho (“aguu”), balbucia sons variados. | Responda aos sons do bebê, sorria e converse, cante músicas, leia livros com figuras grandes. |
| 6-12 Meses | Balbucia com sons que se parecem com a língua falada, entende “não”, aponta para objetos, diz “mamã” ou “papá” intencionalmente. | Brinque de “cadê-achou”, nomeie objetos familiares, repita sons e palavras, use gestos simples. |
| 12-18 Meses | Usa de 1 a 3 palavras com significado, aponta para partes do corpo, segue instruções simples de um passo. | Continue nomeando tudo, leia livros diariamente, incentive a imitação de sons e palavras, cante. |
| 18-24 Meses | Usa 50 ou mais palavras, começa a formar frases de 2 palavras (“mais água”), entende mais o que é dito. | Fale com frases curtas e claras, faça perguntas simples, brinque de contar histórias com fantoches. |
| 2-3 Anos | Usa frases de 3 ou mais palavras, entende e segue instruções de 2 passos, nomeia a maioria dos objetos e figuras. | Expanda as frases da criança, incentive a criança a descrever o que vê, ouça com atenção e valide suas tentativas. |
Brincadeiras que Falam: Transformando o Aprendizado em Festa
Quem disse que aprender a falar precisa ser chato? Pelo contrário! As crianças aprendem brincando, e a fala não é exceção.
Eu, particularmente, sou uma entusiasta das brincadeiras que estimulam a comunicação, porque vejo o brilho nos olhos do meu filho quando ele percebe que está aprendendo algo novo de uma forma tão divertida.
É como se cada risada fosse um tijolo a mais na construção da sua linguagem. Não precisamos de brinquedos caros ou métodos complicados. Muitas vezes, os melhores “recursos” estão na nossa própria casa e na nossa criatividade.
Transformar o aprendizado em uma festa, onde a exploração e a alegria são os convidados principais, é a melhor estratégia para ver nossos pequenos desabrocharem no mundo das palavras.
Acredite em mim, a interação lúdica é um portal mágico para o desenvolvimento da fala.
Atividades Lúdicas para Estimular a Comunicação
Uma das minhas brincadeiras favoritas é a “sacola mágica”. Coloco vários objetos do dia a dia dentro de uma sacola (uma colher, uma escova de dentes, um carrinho) e peço para ele tirar um por vez, nomeando o objeto.
Outra que funciona super bem é a imitação de sons de animais. “Como faz o cachorrinho? Au-au!”.
Isso estimula a articulação e a associação. Jogos de encaixe, quebra-cabeças simples e blocos de montar são ótimos para desenvolver a linguagem, pois exigem nomeação, descrição e até pequenas instruções (“pega o vermelho”, “coloca aqui”).
E não se esqueça das brincadeiras de faz de conta! Cozinhar de mentira, brincar de médico, cuidar de bonecas… Tudo isso envolve diálogo e criatividade, ampliando o vocabulário e a capacidade narrativa.
A Leitura como Ponte para o Conhecimento
Se existe um superpoder que podemos dar aos nossos filhos, esse superpoder é o amor pela leitura. Eu sempre reservei um tempo do dia para ler para o meu filho, desde que ele era um bebê.
No início, ele só olhava as figuras, mas com o tempo, ele começou a apontar, a nomear e até a “ler” algumas palavras junto comigo. A leitura não só enriquece o vocabulário, mas também expõe a criança a diferentes estruturas de frases, conceitos e mundos imaginários.
É uma ponte direta para o conhecimento e para a capacidade de se expressar. Escolha livros com imagens coloridas e histórias simples para os mais novos.
À medida que crescem, convide-os a participar da história, perguntando o que acham que vai acontecer ou o que veem nas páginas. É um investimento no futuro deles que traz retornos infinitos.
O Poder do Nosso Exemplo: Mais do que Palavras, Atitudes
Por fim, mas definitivamente não menos importante, quero reforçar algo que aprendi na prática: nós, pais e cuidadores, somos os maiores modelos para nossos filhos.
Não basta apenas estimulá-los com brincadeiras e livros; a forma como nos comunicamos no dia a dia, a paciência que temos, o amor que demonstramos, tudo isso impacta diretamente no desenvolvimento da fala e da linguagem.
É uma responsabilidade linda, um privilégio, na verdade. Nossas atitudes falam mais alto do que qualquer manual ou cartilha. Se somos presentes, se ouvimos com atenção, se celebramos cada pequena conquista, estamos construindo um alicerce sólido para que eles se tornem comunicadores confiantes e expressivos.
É um trabalho contínuo, feito de muito carinho e dedicação.
Como os pais podem ser os melhores professores de fala
Seja um ouvinte ativo. Quando seu filho tentar se comunicar, mesmo que seja com gestos ou balbucios, pare o que estiver fazendo e preste atenção. Responda!
Mostre que você está interessado no que ele tem a dizer. Repita o que ele disse de forma correta e expanda a frase. Por exemplo, se ele disser “au-au”, você pode dizer “Sim, é o cachorrinho latindo!”.
Corrigir de forma muito direta ou punir erros pode inibi-los. Em vez disso, modele a forma correta. Fale sobre seus sentimentos, sobre o que está acontecendo ao redor.
Essa comunicação aberta e natural transforma a casa em uma verdadeira escola de linguagem, onde o aprendizado é orgânico e constante.
A paciência e o amor como combustíveis do aprendizado
Acima de tudo, tenha paciência. O desenvolvimento da fala é um processo único para cada criança, com seus próprios ritmos e desafios. Haverá dias em que parecerá que não há progresso, e outros em que eles surpreenderão com novas palavras e frases.
A frustração pode bater à porta, tanto para nós quanto para eles. Nesses momentos, lembre-se que o amor e a paciência são os maiores combustíveis. Um abraço, um olhar de carinho, um “tudo bem, meu amor, a mamãe te ajuda” podem valer mais do que mil palavras.
A segurança emocional que você proporciona é a base para que eles se sintam confiantes para explorar, se arriscar e, finalmente, se comunicar com o mundo.
Celebre cada conquista, por menor que seja, e confie no potencial do seu pequeno.
Concluindo Nossa Conversa
Chegamos ao fim de mais uma jornada de descobertas aqui no nosso cantinho, e espero, de coração, que as palavras que compartilhamos hoje tenham ecoado em você de uma forma especial. Acompanhar o desenvolvimento da fala de um filho é uma das experiências mais ricas e desafiadoras que podemos ter como pais. É um misto de ansiedade, alegria e, acima de tudo, muito amor. Eu, na minha vivência, percebi que cada som, cada balbucio, cada palavra desajeitada é um pequeno milagre, um passo gigante rumo à comunicação plena. É um processo contínuo, cheio de particularidades e ritmos próprios, onde nossa presença, nossa voz e nosso carinho são os maiores combustíveis. O mais importante é estar presente, interagir e celebrar cada pequena vitória, transformando o aprendizado em uma aventura divertida e cheia de significado. Lembre-se, você é o maior guia nessa incrível jornada!
Dicas Preciosas para o Desenvolvimento da Fala
Para que você continue a ser o melhor incentivador do seu pequeno falante, separei algumas dicas valiosas que podem fazer toda a diferença no dia a dia. Elas são fruto de observação, estudo e, claro, da minha própria experiência, buscando sempre o que realmente funciona para impulsionar a linguagem dos nossos filhos. Coloque-as em prática e veja a mágica acontecer!
1. Interaja Ativamente com Seu Bebê: Desde os primeiros dias, converse com seu filho. Responda aos seus balbucios e arrulhos como se estivesse tendo uma conversa séria. Imite os sons que ele faz e adicione novos sons. Essa troca constante ensina ao bebê o valor da comunicação, mostrando que seus sons provocam uma reação. É fundamental para construir a base do diálogo e do reconhecimento de padrões de fala. Eu costumava narrar cada passo do meu dia, como se meu filho fosse meu confidente, e percebi como ele absorvia cada palavra, mesmo sem entender o significado. Isso cria um ambiente linguístico rico e estimulante, essencial para o desenvolvimento da linguagem em todas as suas fases.
2. Fale de Forma Clara e Correta, Evitando o “Bebêzês”: É tentador usar uma voz fininha e palavras diminutivas, mas o ideal é falar com seu filho de maneira clara, usando palavras e frases completas e gramaticalmente corretas. Opte por um vocabulário simples, mas autêntico. Por exemplo, em vez de “tetê”, diga “leite”. Isso ajuda a criança a aprender a pronúncia e a estrutura correta da língua desde cedo. Na minha jornada, fiz um esforço consciente para me policiar e usar sempre a linguagem “adulta”, e vi como meu filho assimilava rapidamente as palavras e suas aplicações no contexto. Exponha-o a uma linguagem rica e variada, mas sempre compreensível para a idade dele, pois somos os principais modelos linguísticos que eles terão.
3. Transforme a Leitura em um Ritual Diário e Prazeroso: Ler para seu filho todos os dias é um dos presentes mais valiosos que você pode oferecer. Mesmo que ele seja um bebê e pareça não entender, a exposição aos sons da linguagem, ao ritmo das frases e às ilustrações coloridas é incrivelmente estimulante. À medida que crescem, convide-os a apontar para as figuras, a nomear objetos e a prever o que acontecerá na história. A leitura não apenas enriquece o vocabulário, mas também desenvolve a compreensão auditiva, a memória e a capacidade narrativa. Eu me lembro das noites em que a leitura se tornava nosso momento sagrado, um refúgio de carinho e aprendizado que meu filho esperava ansiosamente, e que, tenho certeza, pavimentou seu caminho para um amor duradouro pelos livros.
4. Incentive Brincadeiras que Estimulem a Comunicação: O aprendizado mais eficaz ocorre através do brincar. Jogos como “esconde-esconde” (cadê-achou), imitação de sons de animais, brincadeiras de faz de conta (casinha, médico, cozinha) e a nomeação de objetos durante a brincadeira são excelentes para desenvolver a fala. Brinquedos simples como blocos de montar, quebra-cabeças e fantoches podem se tornar ferramentas poderosas para a interação verbal. Ao brincar, você pode fazer perguntas, descrever ações e encorajar seu filho a se expressar. Eu sempre fui fã de brincadeiras ao ar livre, onde nomeávamos as flores, os pássaros, e cada nova descoberta se tornava uma oportunidade para expandir o vocabulário e a interação, fazendo do aprendizado uma verdadeira aventura.
5. Observe os Marcos, Mas Respeite o Ritmo Individual de Cada Criança: Embora existam marcos de desenvolvimento da fala, é crucial lembrar que cada criança é única e tem seu próprio tempo. Evite comparações excessivas com outras crianças. No entanto, esteja atento aos sinais de alerta. Se você notar uma regressão na fala, falta de balbucios aos 12 meses, ausência de palavras com significado aos 18 meses, ou dificuldade em formar frases de duas palavras aos 2 anos, não hesite em procurar orientação do pediatra ou de um fonoaudiólogo. A intervenção precoce, quando necessária, pode ser muito benéfica. Acompanhe com carinho, celebre cada pequena conquista e confie no processo, sabendo que seu amor e suporte são o alicerce para o desenvolvimento saudável da comunicação do seu filho.
Pontos Cruciais para Memorizar
A jornada da fala é uma das mais emocionantes e importantes no desenvolvimento de uma criança. Lembre-se que você, pai, mãe ou cuidador, é a pessoa mais influente nesse percurso. A interação constante, a comunicação clara e um ambiente rico em estímulos linguísticos são os pilares para que seu filho desabroche e se torne um comunicador confiante. Não se prenda a comparações, celebre cada pequena conquista e, acima de tudo, ofereça um ambiente de amor, paciência e segurança. A observação atenta e a busca por ajuda profissional, se necessária, são atos de carinho que garantem o melhor para o seu pequeno. Acredite no poder do seu exemplo e na capacidade inata do seu filho de aprender e se expressar.
Perguntas Frequentes (FAQ) 📖
P: Quando é que os bebés costumam dizer a primeira palavra? Existe uma idade “certa” para isso acontecer?
R: Essa é uma pergunta que recebo sempre e, olha, é super normal essa curiosidade! Pela minha experiência e por tudo que tenho acompanhado, não existe uma idade “certa” com dia e hora marcados.
Cada bebé é um universo à parte, com seu próprio ritmo. Mas, em geral, a maioria dos bebés solta as primeiras palavrinhas significativas, como “mamã”, “papá”, ou até um “não” bem decidido, entre os 10 e os 14 meses de idade.
É uma janela bem flexível, sabe? O que eu sempre digo é para observarmos o processo como um todo. Antes da palavra, vêm os balbucios, as tentativas de imitar sons, o apontar para o que querem.
Isso tudo é comunicação! Lembro-me de uma vez que o sobrinho de uma amiga só disse “bola” com 15 meses, mas a intensidade com que ele apontava para a bola e o olhinho brilhando já diziam tudo há meses!
Então, relaxem e curtam cada etapa, sem comparações. O importante é o desenvolvimento contínuo e a intenção de comunicar.
P: Como posso estimular meu filho a falar as primeiras palavras de forma divertida e eficaz?
R: Ah, essa é a parte mais gostosa! Estimular a fala não precisa ser uma “tarefa”, mas sim uma extensão natural do amor e da interação diária. E posso te dizer, por tudo que já vi, que a chave está em conversar muito com o seu bebé, desde sempre!
Fale sobre tudo: o que vocês estão a fazer, o que estão a ver na rua, os objetos da casa. Descreva o mundo para eles. Use frases curtas e claras.
Por exemplo, em vez de “Quer o objeto redondo de cor vermelha?”, diga “Quer a maçã?”. Cantar músicas, ler livros coloridos (mesmo que eles só peguem e mordam, o som da sua voz e as imagens já são um estímulo enorme!), e fazer sons de animais são atividades maravilhosas.
E o mais importante: responda aos balbucios deles como se fossem as conversas mais importantes do mundo. Se ele aponta para algo, nomeie o objeto. “Ah, sim, é a bola!” ou “Você quer a água?”.
Essa reciprocidade mostra que a comunicação é uma via de mão dupla e que as “falas” deles são valorizadas. Acredite, o simples ato de interagir com carinho já é o maior e melhor estímulo que você pode dar!
P: Meu filho já passou da idade esperada para as primeiras palavras e ainda não falou. Devo me preocupar?
R: Entendo perfeitamente essa preocupação, é natural que ela surja quando vemos outros bebés da mesma idade a “tagarelar” e o nosso ainda mais caladinho.
Como mencionei, a faixa de desenvolvimento é ampla, e alguns bebés simplesmente demoram um pouco mais para “engrenar” na fala. Eles podem estar concentrados em outras habilidades motoras, por exemplo.
Mas, se o seu filho já passou dos 18 meses e ainda não fala nenhuma palavra, ou se você percebe que ele não aponta, não tenta imitar sons, não responde ao nome, ou não demonstra interesse em se comunicar de outras formas (gestos, contato visual), aí sim, é um bom momento para buscar a orientação de um profissional.
Pode ser um pediatra ou um fonoaudiólogo. Eles são as pessoas certas para avaliar se há algum atraso e, se for o caso, indicar as melhores intervenções.
Na maioria das vezes, é apenas uma variação normal do desenvolvimento, mas consultar um especialista traz uma tranquilidade enorme e, se houver algo, o diagnóstico precoce é sempre o melhor caminho para ajudar o seu pequeno.
Não se culpe, nem se isole com a preocupação; procure ajuda e informação, que é o que mais importa!






